TODOS OS ADITIVOS ALIMENTARES EM EXCESSO FAZEM MAL À SAÚDE?

¹ Curso Técnico em Alimentos, Instituto Federal Goiano- Campus Morrinhos

Palavras-chaves: Aditivos naturais; Legislação; Saúde

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), os aditivos adicionados nos alimentos são considerados usuais, com o intuito de melhorar as características físicas de um certo alimentos, químicas, biológicas ou sensoriais, podem ser adicionados nos processamentos, durante a fabricação e entre outros (1).

No artigo 24 do Decreto-Lei número 986, de 21 de outubro de 1969 (referência), demonstra-se que o uso de aditivos no Brasil somente é autorizado pelo encargo nacional de normas e paradigmas para alimentos, que fica encarregado por definir o gênero do alimento ao qual a substância vai ser adicionada, a quantidade máxima por volume ou massa de cada ingrediente (2).

Os aditivos contêm uma margem alta de segurança, onde são feitas análises toxicológicas no laboratório, em que normalmente são testados em animais até que não demonstre riscos à saúde em relação a quantidade que pode ser adicionado os aditivos em cada alimento (1)

Existentes dois tipos de aditivos: naturais e sintetizados em laboratório, onde os naturais são também podem ser prejudiciais em alta dosagem para nossa saúde e não podem ser utilizados sem fiscalização pelas indústrias (1).

Relativamente, no Brasil contém cerca de 17 mil aditivos alimentares que são corretamente aprovados pelas agências, e aparecem na rotulagem, sendo obrigatoriamente identificados pelo INS (Sistema Internacional de Numeração (1).

Os aditivos não têm o objetivo de nutrir os alimentos e pode ser adicionado em uma ampla variedade alimentícia. Dificilmente um consumidor não terá um alimento aditivado em sua residência (3).

Como houve um avanço significativo nos métodos de conservação, e a vida alimentar dos brasileiros é muito dependente dos produtos industrializados. Porém os aditivos são importantes para aumentar a vida útil dos alimentos e de suas respectivas características, ajudando em uma boa segurança alimentar da sociedade, ocasionando uma diminuição significativa de riscos de contaminação e deterioração dos alimentos (1).

Um consumo regularmente excessivo dos alimentos que contém grandes quantidades de aditivos pode ocasionar reações alérgicas e potencial cancerígeno, relacionando também doenças crônicas não transmissíveis como a hipertensão, diabetes e outros possíveis problemas futuros. Mas com tudo, existem pesquisas da Ingestão Diária Aceitável (IDA), que avaliaram a quantidade de aditivos em que poderia ser digerido por um adulto ao decorrer de sua vida, evitando que aconteça problemas drásticos à saúde (1).

Os aditivos podem ser também classificados como diretos, cujos são aqueles que adicionados diretamente no alimento e classificados como indiretos que são aqueles que são adicionados no alimento durante as embalagens, processamento e armazenamento. Dentre os aditivos destacam-se como principais os corantes, os antioxidante, os aromatizantes, os edulcorantes (que são adoçantes), os acidulantes, os espessantes, os estabilizantes e os umectantes (1).

A utilização dos aditivos, com isso não é justificável e não deverá haver a utilização quando existir evidências ou graves suspeitas de que o aditivo é tóxico como por exemplo: quando interferir no valor nutricional do alimento; quando for utilizado para encobrir deteriorações de alimentos; quando induzir o consumidor ao erro ou engano; e quando não cumprir a legislação de aditivos em alimentos (1).

De acordo com Polônio e Peres (4), é inegável sob o ponto de vista tecnológico que os aditivos assumem papel importante na produção de alimentos em larga escala. Porém, deve haver maior preocupação quanto aos riscos toxicológicos provocados pela ingestão diária dessas substâncias. Não se pode deixar de lado realmente sua importância, porém, seu consumo deve ser adequado como também seu uso dentro da indústria (1).

É evidente que a escolha prudente para os consumidores seria optar por aditivos naturais, uma vez que o consumo excessivo de qualquer substância pode ser prejudicial à saúde. No entanto, não seria correto descartar completamente os alimentos que contêm aditivos, uma vez que esses produtos, por serem mais práticos e possuírem maior tempo de vida útil, contribuem de forma positiva para a nossa rotina. Por exemplo, você compraria um iogurte de morango que não tivesse a sua coloração característica?

REFERÊNCIAS

1.Santana MS. Aditivos alimentares e impactos na saúde. UniAGES: Centro Universitário. Paripiranga, 2021. [Acesso em 12 de junho de 2023]. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/14364/1/Monografia%20-%20Maristela%20%28NUT%29%20OK.pdf

2. Brasil. Lei n°986 de 21 de outubro de 1969. Só será permitido o emprêgo de aditivo intencional quando: Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0986.htm

    3. Berti LA, Escudeiro MP, Ferrarezi ADM. Aditivos alimentares: tipos, aplicações e consequências na saúde. Universidade Paranaense. 2021 n°14. [Acesso em 12 de junho de 2023]. Disponível em: https://www.unipar.br/documentos/249/Aditivos_Alimentares_tipos_Aplicacoes_e_Consequencias_na_Saude_Humana.pdf

    4. Polônio MLT, Peres F. Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública brasileira.  Cad. Saúde Pública, 2009, 25:1653-1666

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